"PENSAR NO BEM DO OUTRO" - 03/09/2023

Um relacionamento verdadeiro e profundo com o outro é sempre o resultado de uma abordagem lenta a uma pessoa que com certeza nunca conheceremos em profundidade, mas que sempre nos retribui com novidades e surpresas seja positivas e negativas.

                                        Um caminhar livre do coração e da alma rumo ao desconhecido do outro para descobrir todo o bem, as belezas e as possibilidades de crescimento que o próprio Deus colocou nele.

                                             O cristão não pode ser definido como tal se o seu olhar e sobretudo o seu coração não estão dispostos a pensar no bem do outro como pensamos no nosso próprio bem, porque sabemos que devemos amá-lo como a nós mesmos.

                                         E o segredo para amar o outro pensando no seu bem, é saber conhecer e valorizar cada pessoa naquilo que tem de único e irrepetível.

                                          Por isso, a pessoa que “por acaso” (mas será por acaso?) passa por nós, devemos acolhê-la como uma oportunidade única que não podemos perder, porque é irrepetível: ou pensamos no seu bem naquele momento ou quem sabe não teremos outras oportunidades para faze-lo.

                                 Esta é a abordagem verdadeiramente séria para pensar no bem do outro. Se pararmos no negativo, nas diferenças de cor, de cultura ou de fé, nunca poderemos pensar no seu bem, pelo contrário estaremos construindo muros e cercas em vez de pontes.

                                          Uma coisa é certa: construímos mais com “um punhado de bem” e com um grama de positivo, do que com toneladas de maldade, defeitos, críticas e rancores.

                                              “Pensar no bem do outro” então é deixar que cada momento libere dos nossos olhos raios de luz e de esperança.          Gosto de ver o pensar no bem do outro como um caminhar de peregrinos em direção ao santuário que é o outro, para descobrir nele aquela flor escondida e perfumada que todos, apesar de tudo, somos por dom de Deus.

Uma flor que sempre pode renascer sempre nova e sempre mais perfumada, ajudando o outro a redescobrir o jardim da comunidade, onde sua flor poderia desabrochar plenamente e perfumar ainda mais.

                                            Um “pensar no bem do outro” então sempre em movimento e cada vez mais envolvente e perfumado.

Pe. Nino Carta

03.09.2023