"CAMINHAR PARA A META COM CORAGEM" - 24/09/2023
CAMINHAR PARA A META COM CORAGEM

Hoje, 24 de setembro, dia do agradecimento “oficial” a Deus pelos 60 anos de sacerdócio, junto com o padre Gavino Leone, companheiro de viagem desde o segundo ano do grupo em Bultei.
Na Catedral de Ozieri, naquele quente 15 de agosto de 1963, foi-me cantado solenemente..."Tu es sacerdos in aeternum...".
E o passapalavra de hoje sublinha três palavras que considero íntimas e específicas para mim neste dia, para viver plenamente a emoção deste aniversário.
1- CAMINHAR, porque quando Deus chama não podemos nos cansar de caminhar. Porquê os seus são chamados para o infinito, para um amor sem limites e sem tempo.
Caminhar ainda hoje depois de 60 anos, como se fosse o primeiro dia, o último dia, o único dia!
Caminhar, não para uma aposentadoria, mas para continuar caminhando, agradecendo aquela lembrança emocionada das palavras de minha mãe naquele 15 de agosto de 1963 saindo da Catedral, quando como um sussurro, com seu beijo emocionado ela me dizia estas palavras: "Fizzu meu, su chi ti c'ana posto oe in su coro, no ti che ou canzellada mancu sae varechina!"
(Meu filho, o que hoje gravaram no teu coração ninguém vai conseguir apagar, nem com água sanitária!).
Por isso, hoje como então, caminhar, caminhar.....
2- RUMO À META, porque nestes muitos anos entendi que a meta não é o sacerdócio.
Muitas pessoas boas e amigos me ensinaram isto em todos estes anos: a meta não é ser sacerdote, mas o próprio Deus, porque como dizia o passapalavra há poucos dias: “Es Tu, Senhor, o meu único bem”.
Nestes 60 anos, estas palavras ficaram impressas no meu coração entre erros e arrependimentos, com carícias e puxadas de orelha bons com as Deus me purificava e me fazia crescer segundo a sua vontade.
É por isso que hoje vivo esta etapa do caminho com tanta emoção no coração e com os olhos cheios de lágrimas e quase incrédulos, não como ponto de chegada, mas como ponto de partida ou... de recomeçar.
Nino caminha......a meta espera!
3- COM CORAGEM; uma coragem vazia e estéril se paro para olhar a minha vontade, os meus esforços ou as minhas qualidades.
Mas com uma coragem verdadeira, porque convencido de que quando caminhamos em comunhão com a família ou... as famílias que Deus nos dá ao longo da caminhada para não errar o caminho, semeamos com segurança, especialmente na comunhão com a família do meu presbitério diocesano junto ao Bispo.
É juntos que os medos e as hesitações desaparecem; e mesmo em momentos de tempestade como a de Pedro e dos apóstolos no lago, quando mais do que ficar olhando as ondas ameaçadoras que querem nos afundar, podemos ter a graça de poder descobrir a presença de Jesus entre nós quando unidos em seu amor, e assim ver como a coragem vai crescendo e se renovando, porque mais do que um sentimento ou o nosso esforço pessoal, é fruto da presença de Jesus sacerdote entre nós, que estende a sua mão e nos mostra o caminho certo.
Portanto, “caminhar com coragem rumo à meta”, sem colocar limites.
E assim ainda hoje poder responder a Jesus que me pede mais uma vez:
“Nino, tu me amas?”;
"Senhor, tu sabes que eu te amo."
Amém!
Pe. Nino Carta
24.09.2023